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domingo, 24 de abril de 2011



Quem ama cuida, quem gosta quer estar perto, quem adora sabe que
amor é verbo e não substantivo, é uma aventura diária carnal e emocional,
não uma moldura bonita e pertinente a enfeitar as paredes da sua vida. Amor
é manco de gramática, sendo quase tão certo quanto matemática, entretanto
não aceitando resultados inexatos, com vírgula ou aposto. Todo pormenor a
dividir duas pessoas deve levar nas costas qualquer nome. Amizade,
capricho, tico-tico-no-fubá, quiproquó, pirraça, o que for. Menos amor.

A razão de amar é simples. Um e um são dois. Eu te amo + eu te quero =
dou um jeito de ficar contigo. Dou jeito de andar do seu lado, de dividir
tempo, cheiro, edredom, banheiro e melancia. A razão dos amantes não
calcula-se no papel, na ponta do lápis. Sim no viver, sim no sentir. O amor
existe no calor da iminência, do arredor, do tato e do contato. A frieza do
resto, embora lembre um pouco amor, na real é qualquer bobagem.


(Gabito Nunes)

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