"Eu estava cheia de fome, atrasada para o trabalho, cansada por haver aguardado duas horas num consultório médico, quando minha mãe apontou na direção da janela do táxi:
- Olha aquela flor, que linda! Acho que o nome dela é buquê de noiva...
Bruscamente interrompi o falatório mental e por instantes fui apenas aquela que via a flor, esquecida das circunstâncias, interessada em saber se existiam outras cores da planta.
Esse é o olhar que permanece saudável: olhar de poesia. Que repara miudezas. Que não perde a capacidade de encantamento. Que vai lá longe buscar novidade. Que descobre beleza onde outros não percebem nada."
(Ana Jácomo)
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