.

.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Dizer, simplesmente



(...)O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados. Tão banal, não?
(...)
Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é – ou foi – importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
(...)
Deixar o outro inseguro é uma maneira de prendê-lo a nós – e este “a nós” inspira um providencial duplo sentido. Mesmo que ele tente se libertar, estará amarrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somos sádicos e avaros ao economizar nossos “eu te perdôo”, “eu te compreendo”, “eu te aceito como és” e o nosso mais profundo “eu te amo” – não o “eu te amo” dito às pressas no final de uma ligação telefônica, por força do hábito, e sim o “eu te amo” que significa: “seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo”.


(Martha Medeiros) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vem cá, me dá um abraço?!?!?

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...