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terça-feira, 27 de novembro de 2012




Tem gente que a gente gosta mesmo quando está sempre longe, mesmo quando não se fala quase nunca. Mesmo sem sentir o cheiro, sem poder tocar, sem sentir o gosto. São pessoas que não fazem ideia do quanto a gente se importa, ainda que nunca pronuncie à elas – 
eu me importo tanto com você.

Gosto de tanta gente que mal me lembro o sobrenome, que não sei mais aonde mora e o que foi fazer tão longe. Ainda assim, gosto tanto e me importo pra valer. São aquelas almas coloridas que passaram por mim deixando alguma coisa simples e boa, pequena e inesquecível. Gente que faz um bem danado para os olhos do coração. Que de lembrar tira nossa alma do sufoco, tira nosso pé da lama, tira nossa dúvida do peito e transforma os desencontros da vida em coisas bem menos importantes. Eu penso nestas pessoas com um tipo de afeto protegido do tempo, que mesmo com as novas buscas e novas intenções, não muda, não deixa de ser. São estes amores eternos e silenciosos que nos curam, sempre que as paredes dos novos cômodos se tornam incômodas demais.

Essa gente toda nem sonha o quanto eu amo, desesperadamente. Amo e quero tanto o bem, esperando que nossos pensamentos se encontrem em outra galáxia, em outro mundo, em qualquer nova circunstância – 

pra se abraçar bem apertado outra vez.


(Camila Heloíse)

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