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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013


Ilustração: Jessica Durrant - Aqui

(...)


Infelizmente, a saudade apodrece.

Quando deixamos de pedir a presença para cobrar a ausência. 
É sutil o movimento. Toda a atenção dedicada ao longo de um período 
começa a ser vista como desperdício. Não aconteceu retorno das juras, 
nem o estorno das expectativas.

Você mandou centenas de mensagens, renunciou saídas com amigos e bares, teve uma vida discreta e fiel, só para honrar uma despedida, e percebeu que, no fim, sempre esteve sozinho na saudade.

Saudade é como o amor. Perece quando não é a dois.

Aliás, quando a saudade não é a dois, deixa 
de ser saudade para se descobrir solidão.


(Fabricio Carpinejar)



Para ler mais: Carpinejar

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